“O amor é o desejo de alcançar a amizade de uma pessoa que nos atrai pela beleza” Montaigne
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O escritor francês Michel Eyquem de Montaigne tinha o hábito de reler seus ensaios e republicar os livros com suas ideias comentadas e/ou reescritas. Essa era uma forma de renovar os ares de seu trabalho, manter os ideais atuais, a mente alinhada com seus frutos.
Em um de seus escritos Montaigne fez uma dedicatória ao amigo La Boétie, filósofo também francês que morreu jovem. Em uma das citadas republicações, o escritor resolveu ampliar a dedicatória que dizia, simplesmente, "ao amigo La Boétie" e acrescentou: "Parce que c'etait lui" (Porque era ele).
Em uma nova releitura, anos mais tarde, o autor adicionou ao lado da página: "Parce que c'etait moi" (Porque era eu).
Outro tempo depois depois, ainda sobre a amizade com La Boétie, Montaigne disse:
“Na amizade a que me refiro, as almas entrosam-se e se confundem numa única alma, tão unidas uma à outra que não se distinguem, não se lhes percebendo sequer a linha de demarcação. Se insistirem para que eu diga por que o amava, sinto que não o saberia expressar senão respondendo:porque era ele, porque era eu.”
Aos amigos que assim receberam esse título pela simples equação: "Porque era el@, porque era eu".
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