sábado, 25 de fevereiro de 2012

Não tem mais volta

E eu, que até meia noite passada era um poço fundo de orgulho e nariz em pé, me vi apressada, descendo rapidamente a escadaria dos teus caprichos. Eu, que até meia noite passada imperava, ditava, regrava o ser ou não ser, agora espero a luz pra acender, a louça pra lavar, o destino seu vir me buscar, encontrar, reencantar, entrelaçar de uma só vez e pra nunca mais desmanchar. E eu que sempre tive um pé atrás, uma pulguinha atrás da orelha com isto, com aquilo e com tudo o que vem assim, fácil demais ou problemático demais, me atiro agora sem medo, me jogo sem delongas, me permito sem receio. Deixa fluir. E se eu, até meia noite passada duvidei, agora sei que é certo, concreto, factual e desesperador: não tem mais volta.
- Caroline Meirelles

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quer casar comigo?


Encontrei esse pedido no Parque da Jaqueira, em Recife. Sim, já pode imaginar mil reações da moça ao ler o pedido.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Revisitando o pagode

A Clarice Falcão é uma fofa e tem um canal no youtube repleto de músicas lindas! Imaginem qual não foi minha surpresa ao ver então que ela também entrou na onda e suavizou o pagodão fazendo essa versão linda e cheia de personalidade!



Mas não é só a Clarice que tem se arriscado nas versões não, a linda da Letícia já andou repaginando clássicos da música nacional na Letuce. Quer exemplo melhor que esse a seguir?



É ou não é pra ouvir e se apaixonar?

Não repreenda sua tristeza.


Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam, de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e, sim, para disfarçá-la, sufocá-la. Ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

— Martha Medeiros

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domingo, 19 de fevereiro de 2012

De onde vem os bebês?

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Carinhas de joelho (:

Não sabe o que responder para aquele seu irmãozinho, sobrinho, primo que já te perguntou isso?

Então olha só!

Eu, particularmente, quando era pequena nunca tive essa curiosidade, mas ainda lembro da alegria da minha coleguinha porque ela ganhou um livro "De onde vem os bebês" e mostrava um útero, acho que eu preferiria muito mais essa explicação aí.

Uma fofura!


How to Make a Baby from Cassidy Curtis on Vimeo.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tempo de felicidade

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Desenvolva você também uma mentalidade carnavalesca.

A foto mais bonita


Eu tenho certeza que é essa a foto mais bonita do mundo. Porque é ele, é Chico Buarque, de bigode, com os olhos quase castanhos pela sombra refletida, assim com esse ar de Construção.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Playlist de Carnaval!

O clima de animação continua aqui no blog e pra você que vai ficar em casa, ou que quer esquentar antes de cair na folia, olha só nossa playlist de Carnaval com o melhor da folia pra você se divertir. Ouve aqui, tem pra tudo que é gosto!

Lado A - Carnaval by Maria Eduarda Carvalho on Grooveshark

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Minha carne é de Carnaval

O meu coração é igual

O Fora do Eixo fez um ensaio lindo com o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta. A folia tomou conta do centro de Sampa hoje a tarde e rendeu clicks apaixonantes.

E você, já está preparado pra cair na dança?






Continue vendo aqui

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O amor acaba

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Paulo Mendes Campos
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

12 exemplares

A autora Júlia de Carvalho Hansen teve uma ideia muito interessante para propagar seu primeiro livro, Cantos de Estima, ela distribuiu 12 exemplares mais que exclusivos a pessoas pelas quais ela tinha muito apreço e admiração.

A Júlia procurou esse caminho por querer "um meio que não fosse virtual e nem institucionalmente estabelecido". E assim essas relíquias viraram mais preciosas ainda nas mãos de gente que soube muito bem o que fazer com ele. 

Um pouco das 12 respostas você confere aqui e depois vai correndo lá no blog do projeto original que tem os links de todos os novos livros em que Cantos de Estima se transformou.






... é um tiro

"Um verso preso é um tiro que a arma não disparou, pois o gatilho travou e o tambor não deu o giro. Se escuta só o suspiro de alguém que escapa assombrado e o atirador, frustrado remói a raiva no dente, sentindo o mesmo que sente alguém que foi baleado."
Um Verso Preso - Siba

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Um verso preso by Siba on Grooveshark

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Cê Manja Perene?


Manja Perene, o segundo álbum da banda Letuce quentinho, saindo do forno e liberado pra todo mundo ouvir e se apaixonar.

Não é de hoje que a gente manja o grupo, aliás se tem um casal que merecia o título de mais chamego desse mundo é o Lucas e a Letícia, sério dá vontade de colocar os dois num potinho, gente. A Letícia então (essa moça bonita aí da capa) é uma graça, vale a pena ser seguida: @letuceletuce.

Eu não vou nem continuar falando...

Melhor que isso é correr pro site da Letuce e ouvir até enjoar,  - ou seja, pra sempre porque não dá pra enjoar - anda, anda, corre lá: http://www.letuce.com.br/

Se você ainda não se sentiu suficientemente convencido, olha só uma préviazinha do não-clipe de Insoniazinha.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dreaming of a neon light

Eu já era fã do Thiago Pethit faz muito tempo.




Já o conhecia então, há mais tempo ainda, desde meados de 2008 onde eu e essas companheiras de chamego entramos em outro projeto, um blog sobre música independente e assim mandamos um email para o próprio que foi mais que gentil em nos responder e se colocar a nossa disposição. O projeto não deu certo, mas me ampliou em 200% meu conhecimento sobre a cena alternativa.

Mesmo com todo esse tempo e acompanhando sua carreira relativamente de perto, só agora pude perceber a real dimensão do trabalho do Pethit - e assim justificar toda a minha admiração por ele. Assisti ao seu show no Festival Gambiarra Cult em Recife-Pe e foi magnífico! Contagiante, bem feito, o cantor expõe sua técnica vocal, brincando com as notas e fazendo pequenas estripulias sem sair do tom. Um espetáculo que entra fácil na lista dos que qualquer um fã ou não, tem que assistir antes de morrer.

Antes mesmo de me reapaixonar, comentei meu desejo com alguém que conseguiu que ele saísse do camarim para segundos de papo e uma foto.Thiago Pethit, além de mais lindo que nunca com seu novo corte de cabelo e um sorriso dos mais contagiantes se mostrou também uma das pessoas mais simpáticas que já conheci, me segurei pra não o capturar e trazer comigo como lembrança da viagem.

A segunda foto foi especial par ao Viver de Chamego (:

Acho que só não trouxe porque ele ainda tinha um show a fazer, fiz bem. Como já comentei acima - mas é válido voltar a dizer - o show é incrível, ver todo mundo entrando no clima e dançando Nightwalker e a interação dele com o público, não teve preço. É uma experiência que PRECISO repetir.