segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Tereza,

por Pedro Fonseca



De tantas coisas é feito o amor que, dentre tantas, seria incapaz de dizer uma só que fosse tradução do sentimento mais precioso e que, de fato, nos difere uns dos outros. É aquilo que mais amamos que nos faz diferentes, completamente diferentes, até dos que parecemos tanto. Dou um exemplo. Sua mãe e eu somos muitos parecidos, gostamos de gentes, lugares e coisas muito, mas muito similares.

Mas aquilo que amamos intimamente – aquilo que não é dito, nem visto a olho nu – nos faz únicos. E, assim, nos encontramos e reencontramos diversas vezes até chegar ao que somos hoje: dois seres completamente distintos (quase iguais). Das somas desencontradas do que amamos intimamente, sua mãe e eu encontramos, diariamente, um ao outro – tão parecidos.

De tantas coisas que o amor é feito, até hoje, eu seria incapaz de dizer uma só que fosse tradução deste sentimento mais precioso, que nos difere uns dos outros – que é este tal amor.
Até hoje, eu seria.
Hoje, não mais.
Consigo traduzir em apenas uma única palavra o que é esse tanto amor.
Tereza.
Eis a palavra. Um nome. Seu nome, filha. Este será o seu nome: Tereza.
Venha em paz, com saúde.
Já te amamos.

Do seu pai, da sua mãe, do seu irmão, da sua irmã.

Texto originalmente publicado no blog "Do seu pai" do Pedro Fonseca também responsável pela linda foto.

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