(hoje traduzi saudade para todas as línguas) (que beijei) (a saliva e o suor dos idiomas)
Queria escrever “eu te amo, por favor”. Achei bonito isso.
Como começa um amor? Mendiga a letra, palavra, analfabeto?
(quando garoto peguei carona uma vez e o homem disse: “se você quer casar para ser feliz, não case; só case se quiser fazer o outro feliz”) (só uma lembrança…)
(é que lembrei em seguida de uma outra frase que ouvi em uma entrevista na tv: “gentleman é aquele que coloca mais coisas no mundo do que tira”)
Outra que desde ontem não sai da minha cabeça: “come chocolate pequena…”
Aqui você poderia ouvir o som das máquinas arrefecendo. Frankenstein às avessas, costuro fragmentos para partir, Penélope…
Como começa um amor? Força ou silêncio? Com pergunta ou sem respostas? Com tudo o que se tem e mais, sempre mais, matando e morrendo ou nadinha?
Afinal, o que quer o amor?
Nunca tive um blog, digo, tive, mas não amava assim. Era mais bobo do que sou – e olha que ainda sou muito bobo. Aqui pude experimentar, justa semente da saúde essa, experimentar, e uma boa síntese para o tráfego entre o que está dentro e o que está fora…
Quase doloroso postar um texto sem a decantação necessária… Mas o rigor é o do afeto, do tempo e da necessidade de expressão. Uma pirâmide de bolinhos, parafraseando Guimarães Rosa.
Agradeço aos todos que com suas gentilezas, um dos mais bonitos nomes do amor, fizeram o amor daqui maior. Do fundo da alma dos ossos da carne dos olhos do coração, obrigado.
Me perguntaram algumas vezes se estou feliz. Não penso nesses termos. Tá intenso. É assim que se fode.
LOVE LOVE LOVE
A gente aprende o tempo todo. Com a moça que respira em cada palavra, com alguém que te xinga a mãe. Todo blog é uma praça. Tem passarinho, balanço, sorveteiro e cocô de cachorro. Tem horário marcado e freiada brusca na rua em frente. Queria escrever “Copacabana”. Escrevi. Queria escrever “a gente se encontra”. Tá aqui.
E se escrevo tantas vezes “amor” é porque das poucas coisas sobre as quais raramente temos dúvidas são os nossos sentimentos. Tenho certeza: amor.
Curioso que “amar” pode ser uma decisão mental – no que isso tem de escolha, não de frieza. Tô pensando na coisa toda da intuição ser o paroxismo da razão… Enfim, não tem enfim. Tudo o que se viveu de verdade não acaba.
Queria escrever o nome de um monte de gente.
Queria contar da máquina do blog.
Queria te contar da vida, da minha vida.
(e do mar sempre)
(e de uma mulher…)
Do parágrafo que estava aqui fica a última frase: levando os verbos pra passear…
Saudade é o nome que as flores recebem antes de nascer. E esquecem para sempre quando nascem.
(que ladrão é esse que pede pra roubar?)
Queria escrever sobre o “novo homem e a nova mulher”.
Mas já viram…
Aos poucos estou sendo desligado. Já não sinto os braços e as pernas. Já não sinto a ficção. Sou um personagem real. É hora de partir. Tudo o que se viveu de verdade não acaba. Olá, me chamo André. O coração não deixo apagar. Aquele que nadou em um gole. Adeus, quase não me chamo André. Quem pensará meus pensamentos? Já não sinto meu corpo. Até breve. Cuide-se-nos. É um prazer. Estou partindo. Meu coração é seu.
“Amor
Amor é palavra sagrada
Amor é o nome de Deus
Todo o Universo é criado com Amor, por Amor e em Amor
Amor é o começo,
Amor é a continuação
e Amor é o fim”
Por André Newman, ou por João Paulo Cuenca. Pertencente ao roteiro da série "Afinal, o que querem as mulheres?" que virou livro.
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