Sigo lendo meu livro como o programado para a noite. De repente as letras se desfazem, quando me dou conta estou no meio da página e tudo que fiz foi pensar em você até chegar ali. Volto a o início. Me concentro nas duas ou três primeiras linhas, mas lá vem você de novo na minha cabeça. É uma luta quase interminável. Queria saber como leem os apaixonados, quando estudam, que gosto tem a comida que comem e qual a lição que tiram dos filmes que assistem. Na memória foi tudo substituído por lembranças suas. E quando os versos se assemelham ao sentimento é hora de converter em mensagem para ti. Vontade de ligar, ler em voz alta o trecho do livro que trouxe você à memória, aliás o trecho de você que trouxe memória ao livro. Não ligo, mas checo o celular em busca de notícias suas, na ausência tento voltar a leitura e lá se vai a atenção novamente, de novo em três linhas depois. Me forço ao apego as letras e ao esquecimento da tua imagem. Tudo em vão. Recorro as canções, aos amigos, aos sites de entretenimento, sem você tudo igual em falta de gosto, ou afeição. Parto para a escrita, uma torrente de palavras inúteis que só dão conta de dizer o que minha mente já extrapola. Quais são os riscos contidos numa mensagem de amor?
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