Passei esses últimos dias questionando o poder da memória e como elas influenciam nosso presente. O que mais me incomodava era como nosso poderoso cérebro decidia o que era ou não importante, o que era ou não inapagável. Pesquisei, li algumas coisas, googlei outras, cheguei a algumas explicações.
Nos últimos anos, pesquisadores rastrearam nossa memória até os níveis estrutural e molecular. Eles descobriram que as memórias são armazenadas ao longo de estruturas cerebrais em muitas as conexões entre os neurônios.
Esse armazenamento pode ocorrer de duas maneiras. Memórias de curto prazo são processadas na parte frontal do cérebro em uma região altamente desenvolvida, chamada lóbulo pré-frontal. Então, a memória de curto prazo é convertida em memória de longo prazo no hipocampo, uma área mais profunda do cérebro. O hipocampo ajuda a solidificar o padrão de conexões que formam uma memória, mas a memória em si depende da solidez das conexões entre as células cerebrais individuais.
Mas acho que nada disso importa muito afinal.
Poderia dizer aqui que quem manda nisso tudo é o coração - até combinaria com a proposta do blog - mas também seria uma mentira de mim para eu. A verdade (pelo menos na minha cabeça) é que as coisas na nossa memória funcionam de um jeito tão diferente, quase um mundo paralelo, uma versão mexicana do que acontece na vida real e as 'novelas' que a gente dá audiência vão ficando, outras mesmo que depois de alguma insistência acabam indo embora. Deve ser por isso que dá mesmo pra se apaixonar por essas histórias que nossa mente nos conta.