quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Paris, Texas

Essa é uma das cenas mais bonitas que já vi. Duas vidas que depois de tantas voltas tem seu acerto de contas através de uma conversa por telefone.

"Eu conheci essas pessoas. Esse casal. Eles eram apaixonados um pelo outro. A menina era muito jovem, cerca de 17 ou 18, eu acho. E o cara era um pouco mais velho. Ele era uma espécie de maltrapilho e selvagem. E ela era muito bonita, você sabe. Juntos, eles transformaram tudo em uma espécie de aventura. E ela gostava disso. Apenas uma ida normal até o supermercado já era cheio de aventura. Eles estavam sempre rindo de coisas estúpidas. Ele gostava de fazer ela rir, e eles não ligavam muito para o resto, porque tudo o que eles queriam fazer era estar com o outro. Eles estavam sempre juntos ... Sim, eles eram, eles eram muito felizes. E ele a amava mais do que ele sentiu que fosse possível. Ele não aguentava ficar longe dela durante o dia enquanto trabalhava. Então ele desistiu, só para ficar em casa com ela. Aí ele conseguia outro emprego quando o dinheiro acabava, depois parava de novo. Mas logo ela começou a se preocupar. Dinheiro, eu acho. Não ter o suficiente. Não saber quando o próximo cheque entraria. Então ele começou a ficar arrasado por dentro. Bem, ele sabia que teve que trabalhar para sustentá-la, mas ele não podia suportava ficar longe dela também. Quanto mais ele ficava longe dela, mais louco ele ficava, e então, ele ficou muito louco. Ele começou a imaginar todos os tipos de coisas. Começou a pensar que ela estava vendo outros homens às escondidas. Ele chegava em casa do trabalho e a acusava de passar o dia com outra pessoa. Ele gritava com ela e quebrava coisas no trailer. Sim, eles viviam em um trailer... Enfim, ele começou a beber demais e a ele ficar fora até tarde para testá-la, para ver se ela iria ficar com ciúmes. Ele queria que ela sentisse ciúmes, mas ela sentiu. Ela ficava apenas preocupada com ele e isso o deixava mais louco ainda... Porque ele pensou que se ela nunca ficou com ciúmes dele, então ela não se importava muito com ele. O ciúme era um sinal de seu amor por ele. Então, uma noite, uma noite, ela disse-lhe que ela estava grávida. Ela tinha cerca de três ou quatro meses de gravidez. E ele não sabia, e de repente tudo mudou. Ele parou de beber e conseguiu um emprego estável. Ele estava convencido de que ela o amava agora, porque ela estava carregando seu filho. E ele estava se dedicando a fazer uma casa para ela. Mas uma coisa engraçada começou a acontecer... Primeiramente ele nem percebeu isso. Ela começou a mudar. Desde o dia em que o bebê nasceu, começou a ficar irritada com tudo ao seu redor. Ela ficava zangada por tudo, mesmo o bebê parecia ser uma injustiça com ela. Ele continuou tentando fazer tudo certo por ela. Comprar as coisas dela. Levava-a para jantar uma vez uma semana. Mas nada parecia satisfazê-la. Durante dois anos, ele lutava para trazê-los de volta juntos como eles eram quando se conheceram, mas finalmente ele sabia que nunca ia dar certo. Então, ele voltou a beber. Mas dessa vez surtiu efeito. Dessa vez, quando ele chegou em casa tarde da noite, ela não estava preocupada com ele, ou com ciúmes, ela estava apenas enfurecida. Ela o acusou de a manter cativa, fazendo-a ter um bebê. Ela contou a ele sonhava em escapar Era com isso que ela sonhava: fuga. Ela se via durante a noite correndo nua por uma estrada, correndo pelo campo, correndo por leitos de rios, correndo sempre e sempre. E sempre, quando ela estava a ponto de desaparecer, ele aparecia. Ele a impedia de alguma forma. Ele simplesmente apareceria e a impediria. E quando ela lhe contava esses sonhos, ele acreditava. Ele sabia que intervir ou ela o deixaria para sempre. Então ele amarrou uma sino de vaca em seu tornozelo para que ele pudesse ouvi-la à noite, caso ela tentasse sair da cama. Mas ela aprendeu a abafar o sino enchendo-o com uma meia e saiu da cama durante a noite.  Ele pegou ela uma vez, quando a meia caiu e ele a ouviu tentar correr para a estrada. Ele a agarrou e arrastou-a de volta para o trailer, e amarrou-a ao fogão com o cinto. Ele simplesmente a deixou lá e voltou para a cama e ficou ali a ouvir o grito dela. Então, ele ouviu o grito do seu filho, e ele surpreendeu a si mesmo, porque não sentia mais nada. Tudo o que ele queria fazer era dormir. E, pela primeira vez, ele desejava estar longe, perdido em um país profundo, vasto onde ninguém o conhecia. Algum lugar sem linguagem, ou ruas. E ele sonhou com este lugar sem saber seu nome. E quando ele acordou, ele estava em chamas. Havia chamas azuis queimando os lençóis de sua cama. Ele correu através das chamas em direção as duas únicas pessoas que amava, mas elas tinham ido embora. Seus braços estavam queimando, e ele atirou-se para fora e rolou no chão molhado. Então ele correu. Ele nunca olhou para o fogo . Ele apenas correu. Ele correu até o sol aparecer e ele não poder correr mais. E quando o sol se pôs, ele correu de novo. Durante cinco dias ele correu assim até todos os sinais do homem terem desaparecido. "

update: O vídeo da cena foi retirado do Youtube, mas o audio ainda tá disponível aqui

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Moonrise Kingdom

Preciso confessar minha nova paixão. Assim como Medianeras, foi assim: assisti ao trailer e bateu. Caí de amores por Moonrise Kingdom

O filme é ambientado nos 60, em uma pequena ilha na costa da Nova Inglaterra. Sam e Suzy são crianças (pré-adolescentes) que se sentem meio deslocados em seu meio. Eles se apaixonam e começam a trocar cartas. Um dia os dois resolvem deixar tudo para trás e fugir juntos. ♥

E aí vem a parte da incrível aventura, do amor lindo e dos flashes de humor com toda a pequena cidade os procurando.

Tudo lindo e de muito bom gosto, tudo para se tornar mais um dos meus filmes favoritos.




Assista ao trailer:


E se alguém tiver notícias, me escreva!

sábado, 27 de outubro de 2012

Amar é... Lost.



Uma mulher muito bonita me falou ontem à noite –não acredito em coisas ditas de dia- sobre Lost e sobre outras coisas supostamente difíceis de decifrar.

No que sonhei, na beira do mar de Natal, com algo mais ou menos assim, repare:
Amar é… Lost: começa cheio de perguntas e acaba quase sem respostas.

Porque é ridículo que ainda tenha alguém sobre a face da terra que pense no amor como resultado, como algo saudável, como uma casinha longe do abismo.

Amar é flertar com o despenhadeiro, é sempre uma habitação na encosta de um morro.

Amar não é casa própria, consórcio, planejamento, carro ou bicicleta. O amor não precisa de quintal ou garagem. O amor não se guarda. Se for amor o ladrão não leva.

Se quer resultado, joga no bicho ou na Megasena. Que monte um negócio de lucros, um curtume, uma bodega sortida, uma padaria na rua da Aurora.

Que entre para a política, que faça lobby, que venda apólices, gado, que adquira uma franquia da Casa do Pão de Queijo.

Mas se queres amar, te juega, simplesmente, sem pensar no ponto futuro.

Amar é o lindo negócio da inutilidade. Como o tal do fazer poético. Não serve para nada. É um oco de um tronco de ipê e um pássaro cantando dentro.

Fazer um filho ainda não é o amor. Casar tampouco. A propaganda de Becel sem gorduras trans muito menos.

Só existe amor no entorpecimento. Amor é se drogar juntos, sem necessariamente carecer de traficantes ou aviõezinhos.

Mas amar parece LSD ou cogumelo, sem ser exatamente o que estou falando.

Amar, caro Sam Sheppard, é cruzar o paraíso.

É ser vaqueiro e laçar a jukebox, a radiola de ficha, para impressionar a amada-problema. Como no filme das cenas acima.

Amar não é com licença. Amar não é bons modos.

Se você ainda não perdeu o sentido nessa aventura, sinto muito, precisa viajar léguas para chegar perto do que estou falando. Amar é um sítio ao qual não se chega com informações ou GPS.

Talvez amar seja um vinho alentejano. Como o Rapariga da Quinta que bebi ontem com belas crias de costelas potiguares.

Replay, ao sonho: Amar é… Lost: começa cheio de perguntas e acaba quase sem respostas.

Pelo magnífico Xico Sá, originalmente aqui.

Uma imagem

Foto: Flickr Fora do Eixo

domingo, 14 de outubro de 2012

Video Litteris


O projeto Video Litteris é uma mistura de literatura, design gráfico e experimentação artístico-visual, todos reunidos num site. Poemas, imagens e outras mídias de arte resultados da produção e experimentação das tempestades cerebrais coletivas.




sábado, 13 de outubro de 2012

Jeito Felindie


O jornalista Jorge Wagner é o grande responsável pela alegria que tô sentindo agora. Ele, idealizou e produziu o projeto Jeito Felindie uma coletânea de releituras dos grandes clássicos da banda Raça Negra!!  As canções interpretadas por artistas do cenário alternativo nacional ganharam versões lindas, quase tão boas quanto as originais. 

O melhor de tudo é que tá tudo quentinho, o Fita Bruta disponibilizou ontem o streaming do álbum! E é claro que a gente link aqui essa preciosidade.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Arte de Moleskine

Faz tempo que eu queria postar isso aqui, então lá vai. Pétala Francisca e seus desenhos garimpados no Fickr. Lindo. Lindo.







terça-feira, 9 de outubro de 2012

Amor bom é facinho


Faz mais de um ano desde que li esse texto pela primeira vez e logo me identifiquei de cara. Desde então, transformei ele numa espécie de mantra e sempre que estou passando por uma situação sentimental complicada corro pra ele, buscando algum conforto.

Posto ele aqui hoje, todo esse tempo depois por entender que ele continua fazendo sentido. E, em partes também, por continuar insistindo nos mesmos erros.

Então, pra mim, pra você, pra ele e pra ela, de uma vez por todas: as delícias do amor facinho.

Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?
Eu suspeito que não. 

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói. 

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo? 

Minha experiência sugere o contrário. 

Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas. 

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado. 

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos? 

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer? 

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir? 

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios. 

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio? 

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.

domingo, 7 de outubro de 2012

180 Cartazes para Sair da Fossa

"Minha mãe disse e depois li em algum livro: são necessários cerca de seis meses pra curar uma dor de amor. Um cartaz pra cada dia que passa pra fazer passar".

É essa a descrição do Tumblr 180 Cartazes para Sair da Fossa. Uma página linda e de muito bom gosto que vai, uma vez por dia, postando uma coisinha pra te deixar mais feliz. Os artistas escolhidos para dar inspiração as artes são os melhores, o que dificulta e muito a curadoria para escolher alguns e postar aqui, mas vamos lá:











sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Agora só resta uma foto

O Otto recentemente participou da gravação do programa Show na Brasa, conduzido pelo VJ China na MTV. O cantor apresentou seu mais novo trabalho The Moon 1111 que está matando de ansiedade meu pobre coração.

O misto de vontade estar lá com paixão pelas fotos (e pelo próprio Otto) me fez não resistir, tive que postar aqui os cliques do fotógrafo Diego Ciarlariello que tem um trabalho maravilhoso com fotografia de palco e se tornou um dos meus profissionais favoritos na área.

Um salve para a presença do Catatau (esses dois juntos no palco me deixam estrábica) e, é claro, do Chininha. 






Isso é pra morrer...

Glorioso


Por que será que escrever sobre sentimentos - assim na forma crua - é tão difícil? Parece simples, todo mundo sempre acha que sabe o que é, mas aí imagine a cena: você ta passando na rua e um repórter da TV Futura pergunta: O QUE É O AMOR? 

Você vai gaguejar. Pior, vai responder algo ridículo na hora e só depois que isso acabar - e de muito pensar - virão mil frases. Tá bom, é assim com todos os assuntos, quando nos pegam de surpresa, mas poxa é o amor! E a gente vive dele todos os dias, não adianta negar.

Pode parecer brega, mas como dizem por aí estamos num momento em que falar que falar de amor é brega é que é brega. Ou vocês nunca viram que o amor está nas ruas? Ninguém notou que as bandas fazem cover de antigos sucessos românticos? Alguém se tocou e percebeu a série de 'eu te amos' derramados pelas redes sociais? (evitem questionar as procedências).

O amor cresceu e agora anda sozinho, se infiltra no rap, nas pichações, na educação e até nas revoluções. O amor mudou de cara, deixou de ser careta.

Ou nunca foi.

Um ano atrás essa postagem ia ao ar, o manifesto que serviu de pedra de inauguração para esse blog. Tanta coisa aconteceu nesse intervalo de tempo, mas a maior de todas elas foi perceber que falar de amor é bacana. Dividimos pequenos regalos, doses de bom humor, alto astral. Levamos esse ano uma vidinha de chamego e muito obrigada a todos que de alguma forma estavam inclusos nisso.

A gente segue, aqui e no Facebook. E se alguém quiser mandar um bilhete, poema ou coisa que o valha em parabenização, já sabe viverdechamego@gmail.com ;)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Como cães e gatos

Dog days are over! Ou não. 

De todos os tumblrs (sempre eles!) que eu já encontrei esse é absolutamente o mais genial, engraçado e de quebra, fofo. A página Como Cães e Gatos traz um apanhado de ilustrações sobre uma verdadeira vida de cão.

Tudo tão lindo que foi difícil selecionar alguns para postar aqui, mas lá vai: