sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Achados no Facebook

Já faz um tempo que via os amigos compartilhando essas ilustrações no Facebook, hoje não resisti e tive que trazer pra cá. 

O artista é o Ramon Cavalcante no seu perfil do Facebook você encontra essas e muitas outras pilulas de chamego para usar e abusar. Para conferir basta clicar aqui.




quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Em cartaz

O ilustrador Alan Amorim fez cartazes minimalistas para grandes sucessos do cinema. As ilustrações lindas e coloridas fazem referências a filmes que com certeza vocês já assistiram ou lhes foram altamente recomendados, olha só:






Veja todas as obras aqui!

Amarello Amor


Amarello Amor from AMARELLO on Vimeo.

Amor, amor, amor. Lindo curta dirigido por João Simi com texto da própria Carolina Ferraz.

sábado, 25 de agosto de 2012

O jogo da Amarelinha


Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno da tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que minha mão escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca que sorri debaixo daquela que a minha mão desenha.

Me olhas, de perto me olhas, cada vez mais de perto e, então, brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam entre si, sobrepõem-se e os cíclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas cavernas onde o ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se nos teus cabelos, acariciar lentamente a profundidade do teu cabelo enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e, se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu te sinto tremular contra mim como uma lua na água.

O Jogo da Amarelinha, cap. 7.
Julio Cotázar

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A técnica do Pomodoro


Concentração é uma palavra quase inexistente no meu vocabulário, é difícil sentar e resolver as coisas assim, de uma vez. Para esse e outros problemas existe um método infalível, o Pomodoro.

É muito simples, Pomodoro é uma unidade de tempo que mede 25 minutos.

- Você pode gastar mais de um Pomodoro em alguma atividade.

- É preciso um descanso de 5 minutos entre os Pomodoros.

- A cada 4 pomodoros você descansa por mais que 5 minutos, podem ser 15 ou 30, depende da próxima atividade.

Pronto! É muito mais fácil estar focado com prazo determinado e você ainda aproveita para dar mais dinamismo às suas atividades.

Se você curtiu a técnica e deseja se tornar o rei do Pomodoro corre lá site e amplie seu conhecimento:

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Amarante hanging out

Circulando pela internet em busca de informações aleatórias topei com o Tumblr, ou como ele prefere chamar Chumblr do Devendra Banhart. Nessas horas a curiosidade fala mais alto e lá fui eu navegar no diário de bordo fotográfico do cantor.

Para a minha surpresa quem roubou a cena totalmente foi ninguém menos que o nosso hermano Rodrigo Amarante. O moço me colocou às gargalhadas com suas caras e bocas par alá engraçadas no meio da galera aparentemente normal.


Não dá para explicar, a imagem fala por si. E para homenagear criei um álbum no facebook todinho dedicado a ele com sua eterna gastação. Mas para quem quer um aperitivo, lá vai:

Com vocês, Amarante hanging out with the CSS girls.





sábado, 18 de agosto de 2012

O tempo





Hoje eu sei o que fazer pra perdoar você, há um motivo escondido no meu coração que não se cansa de me machucar e me lembrar das coisas tolas e perdidas que você criou.

Sim pensei, como deixamos estender nossa desilusão? Não deveria ter vivido tanto tempo assim sem o teu amor. Olha pra mim. Eu já não sou mais o menino que você deixou.

mas o tempo
é um amigo precioso
que fica sempre observando aquele instante
em que alguém tentou se aproximar

mas o tempo
é um amigo precioso
que faz questão de jogar fora
aquela mágoa vencida que ficou.


Sofro por não ter pensado em te dar um desconto, pus o rancor pra cuidar de tudo 
e vi que a vida mudou num segundo. Às vezes choro pois sei que não posso deixar que o passado 
invada meu mundo.

Lembrei do perdão 
e vi nós dois
construindo um futuro.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Texto-coração

A Tulipa Ruiz postou hoje em sua página no Facebook um texto lindo que seu pai escreveu para revista da companhia aérea Gol. A vontade de compartilhar vou maior que a gente.

Muito am♥r.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

domingo, 5 de agosto de 2012

Eu acredito na existência do amor*


O Tatá Aeroplano frontman das bandas Cérebro Eletrônico e Jumbo Elektro acabou de lançar seu primeiro álbum solo. O disco acabou de sair do forno e está transbordando de amor. Intimista e sincero o artista encontrou a fórmula perfeita para entrar nos corações sem pedir licença.

Fiquei tão apaixonada que consegui me conter e vim correndo compartilhar essa maravilha com vocês. Pra quem curtiu basta baixar aqui no site oficial. Vale cada byte dos 100MB.



* Faixa 5 - Tudo Parado na City.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Amor, de tarde

(Mario Benedetti)

É uma lástima que não estejas comigo
quando olho o relógio e são quatro
e acabo a planilha e penso dez minutos
e estiro as pernas como todas as tardes
e faço assim com os ombros para afrouxar as costas
e dobro os dedos e lhes tiro mentiras.

É uma lástima que não estejas comigo
quando olho o relógio e são cinco
e sou um punho que calcula interesses
ou duas mãos que saltam sobre quarenta teclas
ou um ouvido que escuta como late o telefone
ou um tipo que faz números e lhes tira verdades.

É uma lástima que não estejas comigo
quando olho o relógio e são seis
podias aproximar-te de surpresa
e dizer-me: Como vais? E ficaríamos
eu com a mancha vermelha de teus lábios
tu com a marca azul de meu carbono.


Tradução de Maria Teresa Almeida Pina.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O domingo não dá folga aos corações

foto: We Heart It.

O telefone não toca. Antes de qualquer ensaio de sofrimento à toa, advirto:

Ainda não é o courvert do desprezo. É o efeito da pane telefônica com o nono número dos telefones de São Paulo.

Consolação preventiva à parte, amigo(a), é o domingo que pega.

Repito e repito: é o domingo que dói como um gol contra aos 47 do segundo tempo.

O sábado é uma ilusão, como dizia o tio Nelson.

O sábado, creio, é uma ressaca cantada de véspera.

O sábado é um embalo de desespero para corações solitários na pista. Seja com um brega na radiola ou seja com um Sonic Youth.

O sábado é uma baixaria, um sexo bêbado e desajeitado. A tentativa de um beijo que não cola, não ajusta, não molha. As pernas também não se entrelaçam. O drama do entrelaçamento das pernas. Um desastre, um teatro de amadores.

O sábado é um arrependimento.

O sábado é um jantar fino entre casais –essa gente que janta, que ama jantar fora e pagar caro por um chéf qualquer de grife.

O sábado é apenas a ressaca mais óbvia que sentimos agora e nos faz odiar aquele almoço previsto para a casa da sogra – mesmo a melhor sogra do universo, nesse capítulo sempre dou sorte.

O domingo, não.

O domingo pega.

Principalmente para quem perdeu o amor há pouco tempo. Como dói o almoço domingueiro nestas ocasiões. Nem vale um almoço. A este tipo de solidão a gente alimenta com miojo ou com a pizza gelada da tentativa amorosa que o sábado prometera e não cumpriu o delivery.

Domingo dói como aquele golzinho fanhoso que ouvimos no rádio do porteiro.

Melancólico como aquele operário que põe só os olhos de fora na janelinha de compensado de mais um prédio em construção na Pompeia.

O domingo é um perigo. Você pode cair na fraqueza e ligar para aquela(e) ex. Que roubada. Justamente aquele(a) fdp que já está dando belas risadas na sobremesa com outro(a) vagagundo(a). Sim, eles estão pagando a conta e vão ao cinema.

O domingo é a grande prova.

Tenho amigos cuja receita é a seguinte: beber desde cedo e capotar, liquidar logo a ideia de um arrastado e tenebroso domingo.

Tudo para não chegar acordado àquela hora em que ecoa no prédio a musiquinha do Fantástico.

Claro que existem os anormais, os destemidos e saudáveis que aproveitam o dia, vão ao parque, sorriem bonito, fingem que não sentem as formigas da existência provocando calombos do tédio e da ideia de finitude.

Claro que para os religiosos também é mais leve. Eliminam um pouco o mal-estar da civilização etc etc.

Para os desprotegidos desses escudos, o bicho pega, o vira-lata domingueiro morde a canela.

No começo de namoro o santo domingo consegue até ser o dia mais incrível. Óculos escuros, mãos dadas, todo mundo lindo, a única dúvida existencial é escolher o lugar do almoço.

No fim do amor, nuestra madre, nos endomingamos tragicamente. Nos pegamos, na forma mais maluca do mundo, torcendo pelo dia seguinte.

Só dois tipos de criaturas conseguem essa maluquice de não ver a hora de chegar a segunda-feira: os que estão arrasados pelo apocalipse amoroso; os casados que têm amantes na firma.

Xico Sá! Sempre ele para dar um tom cômico aos problemas sentimentais que nos afligem sol a sol.